PRATA


A maior parte da prata é um subproduto da mineração de chumbo e está frequentemente associada ao cobre.
A prata normalmente ocorre em forma compacta como pepitas ou grãos, embora possa também ser encontrada em agregados fibrosos, dendítricos (em forma de árvore). Quando recentemente minerada ou polida, ela possui uma cor branco-prata brilhante característica e um brilho metálico. Entretanto, com a exposição ao oxigênio do ar, uma camada preta de óxido de prata se forma prontamente, escurecendo a superfície. Por causa disso e do fato de que ela é muito maleável para ser usada em joalheria na sua forma pura, a prata é frequentemente ligada a outros metais, ou recebe uma camada de cobertura de ouro.
A prata não é tóxica. No entanto, a maior parte dos seus sais são venenosos devido à presença de aniões. Estes compostos são absorvidos pelo corpo e permanecem no sangue até se depositarem nas membranas mucosas, formando uma película acinzentada.A intoxicação por prata chama-se argiria. Há contudo, outros compostos de prata, como o nitrato, que têm um efeito anti-séptico. Usam-se soluções de nitrato de prata no tratamento de irritações de membranas mucosas da boca e garganta. Algumas proteínas contendo prata são poderosos agentes antiirritantes das membranas dos olhos, ouvido, nariz e garganta.

História

A prata é conhecida pelo homem desde a Pré-História, estimando-se que a sua descoberta se fez pouco depois da do ouro e do cobre. A referência mais antiga que se conhece ao elemento é o livro do Genesis. Os Egípcios consideravam o ouro como o metal perfeito, atribuindo-lhe o símbolo de um círculo, enquanto a prata era tida como a mais próxima do ouro em perfeição, pelo que lhe foi atribuído o símbolo de um semi-círculo. Este semi-círculo terá dado origem, mais tarde, a uma lua crescente, provavelmente devido à semelhança entre o brilho do metal e o da lua. Os Romanos chamavam a prata de argentum, mantendo-se este como nome internacional do elemento, de onde deriva o seu símbolo químico.
Tal como o ouro, a prata era considerada pelos Antigos um metal quase sagrado e por conseguinte, de uso extremamente restrito. A sua maleabilidade e ductilidade tornam-na ideal para fins decorativos. Era também usada no pagamento de dívidas, na decoração pessoal ou na ornamentação de locais religiosos e em utensílios nas casas das classes mais abastadas.
Certas escórias minerais existentes em antigas minas na Ásia Menor e em algumas ilhas do mar Egeu, indiciam que já se sabia como separar a prata do chumbo há mais de 5000 anos. O ouro e a prata eram extraídos dos seus minérios e ligados a chumbo. Após oxidação desta mistura, era então possível obter os metais preciosos.

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