TITÂNIO


O titânio não aparece livre na Natureza. No entanto, combinado com outros elementos é bastante abundante, aparecendo em pequenas quantidades na maioria das rochas eruptivas, sedimentares e metamórficas.
Os seus minérios mais vulgares são a ilmenite, o rutilo, a arizonite (titanato de ferro), a brookite, a anatase, o leucocheno (ilmenite, o rutilo, a arizonite (titanato de ferro), a brookite, a anatase, o leucocheno (dióxido de titânio), a perovskite (titanato de cálcio), e outros. Os dois primeiros têm importância comercial, encontrando-se em depósitos espalhados por todo o globo. Encontram-se importantes depósitos de rutilo e ilmenite na Austrália, Argentina, EUA, África Central, Brasil, Canadá, Egipto, Índia e Noruega. Os maiores depósitos de rutilo conhecidos situam-se na Austrália.

História

O titânio foi descoberto em 1791 por William Gregor quando investigava a areia magnética (menachanite) existente em Menachan na Cornualha. Denominou-o "menachin".
Três anos mais tarde, M. H. Klaproth descobriu o que supunha ser uma nova terra no rutilo. Chamou-lhe "titânio" (do latim titans, os filhos da Terra) e mostrou que era idêntico ao "menachin" de Gregor. O metal foi pela primeira vez isolado numa forma impura por J. J. Berzelius em 1825. Hunter preparou titânio puro em 1910 aquecendo tetracloreto de titânio e sódio numa bomba de aço.

Aplicações

O composto de titânio mais importante sob o ponto de vista industrial é o dióxido de titânio que, pela sua extrema brancura e elevada reflectância, encontra largo uso como pigmento no fabrico de tintas, lacas, esmaltes, papel, borracha, têxteis, plásticos, cerâmicas e cosméticos. Cristalizado, o rutilo emprega-se também no fabrico de pedras preciosas artificiais que imitam o diamante. Entre os restantes compostos merecem referência especial o sulfato de titânio, intermediário no fabrico do dióxido, e o sulfato de titânio, de cor azul, poderoso redutor. Os halogenetos de titânio são empregues na produção de cortinas de fumo; os sais de ácidos orgânicos são utilizados como mordentes para corantes e também na indústria de curtumes.
Os titanatos, em especial os de ferro, são matérias-primas importantes para a obtenção do metal; o titanato de bário possui propriedades piezoelétricas e encontra algumas aplicações derivadas deste fato. O metal encontra a sua maior aplicação na fabricação de equipamento que exige condições de leveza e resistência mecânica e à corrosão, sobretudo na indústria aeronáutica militar (hélices, turbinas, motores a jato, mísseis, etc.), chassis de máquinas fotográficas, etc. Na maior parte dos casos utiliza-se na forma de ligas com outros metais como o alumínio, ferro, manganésio, crômio, molibdénio e vanádio. Estas aplicações consomem 90% da produção total de titânio; o restante destina-se à construção de equipamento para a indústria química (bombas, permutadores de calor, etc.).

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