ANTIMÔNIO


O antimônio na sua forma elementar é um sólido cristalino, fundível, quebradiço, branco prateado que apresenta uma condutividade elétrica e térmica baixa, e evapora em baixas temperaturas. Este elemento semi-metálico (metalóide) se parece aos metais no aspecto e nas propriedades físicas, mas quimicamente não se comporta como eles. Pode ser atacado por ácidos oxidantes e halogênios.
As estimativas sobre a abundância de antimônio na crosta terrestre vão desde 0,2 a 0,5 ppm. O antimônio ocorre com o enxofre e outros metais como chumbo, cobre e prata.

História

O antimónio, na forma do seu sulfureto natural, era já conhecido na Antiguidade sendo usado como cosmético e fármaco. O Antigo Testamento refere o seu uso por Jezebel como um cosmético para os olhos. As mulheres egípcias também adornavam os olhos com o sulfureto de antimônio, o que é evidenciado pela sua presença em artigos encontrados em túmulos antigos.
Plínio, nos seus escritos no primeiro século, descreve sete fármacos que podem ser obtidos a partir do stibium (sulfato de antimônio). O antimônio metálico aparece mencionado nos primeiros trabalhos de Dioscorides, também do séc I D.C.. A arte de produção de antimônio metálico era bem conhecida no século XVII: a sua preparação foi descrita por Basil Valentine na sua obra "O carro triunfal de antimônio", provavelmente escrita em 1350, mas publicada em 1604.
Libavius descreveu, em 1615, o uso de ferro para reduzir a stibnite diretamente em antimônio metálico. Lemery, no seu livro "Curso de Química" publicado em 1675, também descreve alguns métodos para a sua preparação. Não há dúvida que o metal era bem conhecido pelos artesãos da Idade Média.
O nome antimônio foi obtido do termo latino antimonium, que surgiu pela primeira vez numa tradução latina da obra de Ceber.

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