SILÍCIO


Suas propriedades são intermediárias entre as do carbono e o germânio. Na forma cristalina é muito duro e pouco solúvel, apresentando um brilho metálico e uma coloração grisácea. É um elemento relativamente inerte e resistente à ação da maioria dos ácidos; reage com os halogênios e álcalis. O silício transmite mais de 95% dos comprimentos de onda das radiações infravermelhas.

História

O silício elementar foi preparado pela primeira vez por Berzelius, em 1823, que colocou tetraflureto de silício na presença de potássio aquecido. Pensa-se, contudo, que Gay-Lussac e Thenard já haviam tentado obter o silício amorfo pelo mesmo método, em 1809. O que Berzelius conseguiu foi um produto mais puro, resultante de filtragens prolongadas. Também preparou silício a partir da reacção de fluorsilicatos de potássio com o próprio potássio.
Na sua forma cristalina, o silício só viria a ser preparado por Deville, em 1854, através da electrólise de cloreto de sódio-alumínio impuro com cerca de 10 % de silício. Já no princípio deste século (1907), Potter estudou a interação da sílica com o carbono, que serviu de base ao processo de obtenção de silício para fins comerciais durante quase todo o século XX.
O silício elementar é preparado comercialmente pelo aquecimento de dióxido de silício com carvão de coque em fornalhas eléctricas. Para se obter silício monocristalino recorre-se ao método de Czochralski que consiste em introduzir uma semente cristalina em silício fundido, baixando então lentamente a temperatura para que se dê a cristalização.
O vidro comum utilizado para fazer janelas ou garrafas é, na sua maior parte, sílica (75 %), sendo os restantes 25 % uma mistura de Na2O (15 %), CaO (8 %) e Al2O3 (2,7 %). Por vezes introduzem-se no vidro algumas "impurezas", como compostos de boro, para aumentar a resistência ao calor dando origem ao que vulgarmente é conhecido como Pyrex.

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